Hércules Barbosa

Como escolher o regime tributário ideal para seu comércio

Escolher o regime tributário para comércio de pequeno porte é uma das decisões mais importantes para a saúde financeira de qualquer empresa. 

Essa escolha influencia diretamente no valor dos impostos pagos, no fluxo de caixa e até mesmo na competitividade do negócio.

Neste artigo, vamos explicar como funciona cada regime tributário, quais critérios avaliar antes de decidir e como um contador pode ajudar o seu comércio a pagar menos impostos de forma legal e estratégica.

O que é o regime tributário?

O regime tributário é o conjunto de normas que definem como a empresa vai calcular e recolher seus impostos. 

Para um comércio de pequeno porte, entender as opções disponíveis é essencial para evitar pagar mais do que o necessário ou ficar em situação irregular com o Fisco.

No Brasil, existem três principais regimes tributários: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada um possui regras específicas e se aplica a diferentes portes e realidades de empresas.

Por que a escolha do regime tributário faz diferença?

Selecionar o regime tributário para comércio de pequeno porte de forma correta pode gerar economia significativa ao longo do ano. 

Uma decisão mal planejada pode resultar em carga tributária excessiva, além de aumentar a burocracia contábil e administrativa.

Além disso, a escolha influencia em:

  • Obrigações acessórias exigidas.
  • Forma de calcular impostos federais, estaduais e municipais.
  • Percentual de alíquotas aplicadas sobre faturamento.
  • Planejamento tributário futuro.

Tipos de regime tributário aplicáveis a comércios de pequeno porte

Simples Nacional

Regime simplificado voltado para micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões (ME até R$ 360 mil; EPP até R$ 4,8 milhões). 

O MEI, por sua vez, tem limite reduzido de R$ 81 mil/ano.

O pagamento é feito em guia única (DAS), englobando vários tributos federais, estaduais e municipais.

Vantagens:

  • Recolhimento simplificado.
  • Menos burocracia.
  • Alíquotas progressivas conforme a faixa de faturamento e o setor (comércio, indústria ou serviços).

Desvantagens:

  • Algumas atividades não podem optar.
  • Nem sempre é o regime mais econômico para margens pequenas.
  • Ao ultrapassar o sublimite de R$ 3,6 milhões, ICMS e ISS podem ter que ser pagos fora do DAS.

Lucro Presumido

Indicado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. O cálculo do IRPJ e da CSLL é feito a partir de uma margem de lucro presumida definida pela Receita Federal, que varia de acordo com a atividade (ex.: comércio, indústria ou serviços).

Vantagens:

  • Estrutura de cálculo simplificada.
  • Pode ser vantajoso quando a margem real de lucro é superior à presumida.

Desvantagens:

  • Não considera o lucro líquido efetivo.
  • Mais obrigações acessórias que o Simples.

Lucro Real

Obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões ou para determinados setores (como instituições financeiras). 

Pode ser escolhido voluntariamente por empresas menores. 

Os tributos são calculados sobre o lucro líquido contábil, ajustado pela legislação fiscal.

Vantagens:

  • Mais justo para empresas com margens reduzidas.
  • Permite compensar prejuízos fiscais em exercícios seguintes.

Desvantagens:

  • Alto nível de complexidade.
  • Necessidade de controles contábeis rigorosos.

Comparativo entre regimes tributários

Regime TributárioLimite de faturamentoForma de cálculoVantagensDesvantagens
Simples NacionalAté R$ 4,8 milhões (ME/EPP) MEI até R$ 81 milPercentual progressivo sobre faturamento, conforme anexo/atividadeRecolhimento unificado (DAS), menos burocraciaAlgumas atividades não podem optar; sublimite de R$ 3,6 milhões para ICMS/ISS
Lucro PresumidoAté R$ 78 milhõesPercentuais de presunção fixados pela Receita Federal sobre a receita brutaCálculo simplificado; pode ser vantajoso para margens maioresNão reflete o lucro real; mais obrigações acessórias
Lucro RealAcima de R$ 78 milhões (ou obrigatório em alguns setores)Baseado no lucro líquido contábil, ajustado pela lei fiscalJusto para margens baixas; permite compensação de prejuízosComplexidade elevada; exige controles contábeis detalhados

Como escolher o regime tributário para comércio de pequeno porte

A definição do regime depende de uma análise detalhada da realidade do negócio. Entre os fatores a considerar, estão:

  • Faturamento anual estimado: quanto maior o faturamento, mais relevante é avaliar o peso de cada regime.
  • Margem de lucro: lojas com margens menores podem se beneficiar do Lucro Real.
  • Estrutura de custos: despesas fixas e variáveis influenciam diretamente na escolha.
  • Setor de atuação: algumas atividades possuem alíquotas diferenciadas dentro do Simples Nacional.
  • Planejamento de crescimento: escolher um regime que acompanhe a projeção de expansão do negócio.

O papel do contador na escolha do regime tributário

Definir o regime tributário para comércio de pequeno porte não deve ser uma decisão tomada sem apoio técnico. O contador é o profissional capacitado para:

  • Realizar simulações comparando os diferentes regimes.
  • Calcular a carga tributária real de acordo com o perfil do negócio.
  • Avaliar enquadramento em CNAEs permitidos no Simples Nacional.
  • Planejar estratégias de redução de impostos dentro da legalidade.

Ter esse suporte evita erros e garante que a empresa esteja sempre em conformidade com a legislação.

Impacto de um regime bem escolhido no crescimento do comércio

Um comércio que escolhe o regime tributário adequado consegue:

  • Melhorar o fluxo de caixa.
  • Reinvestir em estoque e infraestrutura.
  • Aumentar a competitividade com preços mais atraentes.
  • Ampliar a margem de lucro líquido.

Isso significa que a decisão impacta não apenas no presente, mas também no futuro do negócio.

Garanta a melhor escolha para seu comércio

A escolha do regime tributário para comércio de pequeno porte é determinante para a lucratividade e sustentabilidade da empresa. 

Cada regime possui vantagens e limitações, e a melhor decisão depende de uma análise individual do negócio.

Se você deseja encontrar o regime mais vantajoso para o seu comércio e ter segurança no planejamento tributário, conheça as soluções da HB Contábil

Nossa equipe está pronta para orientar seu negócio a crescer pagando apenas o necessário em impostos, de forma estratégica e dentro da lei.

Como escolher o melhor regime tributário para comércio varejista

Escolher o melhor regime tributário para comércio varejista é uma das decisões mais estratégicas para garantir competitividade, reduzir a carga tributária e manter a regularidade com o fisco. 

O tipo de tributação influencia diretamente no lucro líquido da empresa e deve ser definido com base em uma análise detalhada do faturamento, despesas, margem de lucro e estrutura da operação.

Neste artigo, você vai entender como funciona cada regime tributário disponível no Brasil, como analisar o cenário da sua empresa e qual o impacto de cada escolha para o setor varejista.

O que é regime tributário?

O regime tributário define como uma empresa irá calcular, recolher e declarar seus impostos. 

No Brasil, existem três opções principais:

A escolha do regime tributário para comércio varejista não é obrigatoriamente definitiva, mas deve ser feita no início de cada ano-calendário e exige planejamento e acompanhamento contábil especializado para garantir que os tributos sejam pagos corretamente e sem excessos.

Características do comércio varejista que impactam na tributação

Antes de conhecer os regimes, é fundamental entender os fatores que mais influenciam a tributação no varejo:

  • Volume de vendas e faturamento anual
  • Margem de lucro por produto
  • Nível de despesas operacionais
  • Quantidade de funcionários
  • Presença em marketplaces ou vendas online
  • Setor de atuação (alimentos, roupas, eletrônicos etc.)

Esses fatores ajudam a definir qual regime tributário para comércio varejista proporcionará maior economia e menor risco de autuações fiscais.

regime tributário para comércio varejista

Simples Nacional: praticidade e limites de faturamento

O Simples Nacional é o regime preferido por muitas pequenas empresas varejistas por sua praticidade e unificação de tributos em uma única guia (DAS).

Principais características:

  • Faturamento anual de até R$ 4,8 milhões
  • Alíquotas que variam de acordo com o anexo e faixa de receita
  • Unificação de tributos federais, estaduais e municipais
  • Pode incluir ICMS e ISS

Vantagens:

  • Menor complexidade administrativa
  • Ideal para empresas em crescimento inicial
  • Facilita o controle e a regularização fiscal

Desvantagens:

  • Pode ser mais caro para quem tem margem de lucro baixa e alto faturamento
  • Limitação para determinadas atividades (algumas restrições para comércio em marketplaces)
  • Cuidado com o PIS e COFINS monofásico: muitos dos pequenos comerciantes pagam esses impostos em duplicidade.

Apesar do nome “Simples”, este regime pode exigir a expertise de contador profissional.

Lucro Presumido: simplicidade com base na margem estimada

O Lucro Presumido é recomendado para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões e que possuem margem de lucro regular.

Como funciona:

  • A Receita Federal presume uma margem de lucro com base na atividade para cálculo do IRPJ e CSLL. (normalmente 8% para comércio)
  • A tributação é aplicada sobre essa margem, não sobre o lucro real da empresa
  • Os tributos são apurados separadamente: IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS, ISS

Vantagens:

  • Pode ser vantajoso para empresas com margem de lucro superior à presumida
  • Regime simples de apuração
  • Não exige escrituração completa do lucro

Desvantagens:

  • Pode gerar pagamento maior de impostos para quem tem despesas altas
  • Recolhimento separado de tributos exige maior controle
  • Não inclui benefícios do Simples Nacional

Lucro Real: mais exigente, porém mais preciso

O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões, mas também pode ser adotado por qualquer empresa que queira apurar os impostos com base no lucro efetivo.

Funcionamento:

  • Apuração do IRPJ e CSLL sobre o lucro líquido ajustado conforme a legislação fiscal
  • PIS e COFINS com alíquotas maiores (regime não cumulativo)
  • Requer controle contábil completo e preciso

Vantagens:

  • Mais justo para empresas com margem de lucro pequena
  • Permite abatimento de prejuízos fiscais
  • Ideal para quem tem despesas elevadas

Desvantagens:

  • Exige estrutura contábil robusta
  • Custo operacional mais alto
  • Apuração mais complexa

Comparativo entre os regimes tributários

CaracterísticaSimples NacionalLucro PresumidoLucro Real
Limite de FaturamentoAté R$ 4,8 milhões/anoAté R$ 78 milhões/anoSem limite
Cálculo do LucroNão exigePresunção (ex: 8% sobre receita)Real (lucro contábil ajustado)
Apuração de TributosUnificada (DAS)SeparadaSeparada
Escrituração ContábilSimplificadaParcialCompleta
Vantagem principalSimplicidadeBoa para empresas com boa margemIdeal para margens baixas
Indicado paraPequenos comérciosVarejos com lucro médio/altoGrandes ou com alta despesa

Como escolher o regime tributário ideal?

A escolha do regime tributário para comércio varejista depende diretamente de uma análise detalhada das finanças da empresa. Veja algumas recomendações:

Faça simulações tributárias

Compare os valores de impostos nos três regimes com base no seu faturamento, despesas, folha de pagamento e margem de lucro.

Analise o perfil do seu negócio

Pequenos comércios locais tendem a se beneficiar do Simples Nacional. Já empresas com volume de vendas alto e despesas elevadas podem encontrar economia no Lucro Real.

Avalie o crescimento previsto

Se você está prestes a ultrapassar os limites do Simples Nacional, pode ser interessante antecipar a mudança de regime e se planejar com antecedência.

Tenha apoio contábil especializado

Um contador com experiência no setor varejista poderá apontar com mais precisão qual é o melhor regime tributário para comércio varejista no seu caso.

Indicadores que devem ser observados antes da escolha

IndicadorImpacto na Escolha do Regime
Margem de LucroLucro baixo favorece Lucro Real
Faturamento anualDefine elegibilidade aos regimes
Despesas com folha de pagamentoAfetam alíquotas e carga tributária
Tipo de produto vendidoPode influenciar ICMS ou substituição
Operação com marketplacesPode limitar uso do Simples Nacional

Quando trocar de regime tributário?

Empresas varejistas devem revisar o regime tributário todos os anos, geralmente no mês de janeiro. 

Porém, a troca também pode ser indicada nos seguintes casos:

  • Mudança significativa no faturamento ou no tipo de operação
  • Redução da margem de lucro
  • Abertura de novas unidades ou vendas online
  • Mudanças nas legislações fiscais

Conte com o suporte da HB Contábil

Escolher o regime tributário para comércio varejista ideal pode ser o fator decisivo entre operar no prejuízo ou ter lucro. 

A HB Contábil oferece consultoria especializada para negócios do varejo que buscam mais economia, conformidade e crescimento sustentável.

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